domingo, 22 de novembro de 2020

Os aviões espiões da Rússia


A propósito dos Tupolev Tu-95MS (Bear) russos que foram acompanhados de perto pelos F16 da Força Aérea Portuguesa quando entraram no espaço aéreo de responsabilidade portuguesa, sem avisarem, numa madrugada do mês de Novembro de 2016, e ainda hoje continuam a "passar"...


Estes bombardeiros não emitem qualquer sinal nem respondem a contacto rádio, sendo uma espécie de aviões “invisíveis”, o que representa riscos para a aviação civil.

Começaram a ser fabricados e entregues à força aérea soviétíca em 1956 e nunca pararam de ser produzidos. Foram projectados para terem uma autonomia que lhes permitisse atingir o território dos EUA, podendo voar mais de 15.000 km sem necessidade de reabastecimento com uma carga de, pelo menos, 12 toneladas. Concebidos inicialmente para o transporte e lançamento de bombas nucleares por gravidade, hoje podem transportar mísseis de cruzeiro Kh-20M (alcance 700km) ou mísseis Kh-22 Raduga, com sistema de orientação autónomo destinado a destruir grupos de porta-aviões, bem como alvos fixos costeiros; equipamento de guerra electrónica, servir de avião de patrulhamento marítimo ou de avião tanque para reabastecimentos em voo.

Especificações (Modelo: Tu-95MS)

Comprimento  46,2 m (152 ft)

Envergadura   50,10 m (164 ft)

                                        Altura  12,12 m (39,8 ft)

Área das asas  310 m² (3 340 ft²)

                                Peso vazio   90 000 kg (198 000 lb)

                           Peso carregado   171 000 kg (377 000 lb)

Peso máx. à descolagem   188 000 kg (414 000 lb)


Equipados com quatro gigantescos motores turbo--hélice NK-12 com uma potência de 14.800 SHP, extremamente fiáveis, estas aeronaves conseguem atingir uma velocidade até 920 Km/h e subir 10 m/s (aproximadamente 2.000 pés por minuto), com um tecto máximo de 13.700m (45 mil pés).
O funcionamento destes motores produz um ruído "infernal".

Motor NK-12


Cone de cauda, com os canhões de 23 mm

Operam com dois pilotos que se sentam lado a lado no cockpit. Atrás dos pilotos estão: o engenheiro de voo, à direita, e o operador de rádio, à esquerda. Atrás do engenheiro, existe uma pequena cozinha, equipada com fogão eléctrico, e uma casa de banho com wc químico. Atrás do operador de rádio, fica o operador de armas defensivas e um operador de guerra electrónica. No cone de cauda, um artilheiro opera os canhões de 23 mm. Nenhum dos tripulantes dispõe de assento ejectável.


A actual esquadrilha operacional de Tupolev Tu-95MS da Força Aérea da Rússia é composta por 65 aviões fabricados entre os anos 80 e 90

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