Os
macondes são um grupo étnico bantu que vive no sudeste da Tanzânia e no
nordeste de Moçambique, principalmente no planalto de Mueda e Muidumbe, tendo
uma pequena presença no Quénia. Um povo valente e guerreiro que sempre resistiu às tentativas de conquista tanto de outros povos africanos, como dos árabes e traficantes de escravos. Aceitaram a subjugação colonial portuguesa apenas nos anos vinte do século XX.
A
arte dos macondes é multiforme, como na maioria dos povos, mas é conhecida
internacionalmente pela escultura em madeira. Na região de onde os macondes são
originários, no nordeste de Moçambique e sueste da Tanzânia, é conhecida também
pela música e dança e pelos entrançados de palha, com que fazem belas esteiras,
cestos e outros adereços para o lar.
A
escultura maconde mais conhecida é feita em pau-preto, a madeira das árvores da
espécie "Dalbergia melanoxylon", também conhecidas internacionalmente pelo nome
swahili “mpingo”.
Estas esculturas têm três estilos principais:
1: ”Shetani”,que
significa “demónio”, são esculturas de figuras humanoides ou animais muito
estilizadas;
Máscara Shetani
2. ”Ujamaa”,que
significa família ou união, e são formadas por uma quantidade de pessoas, pelos seus
instrumentos de trabalho e, por vezes, animais domésticos, artisticamente
unidos, incluindo imagens humanas ou de animais ou ainda, por
influência da colonização, de imagens religiosas, como crucifixos e imagens de
Cristo ou de Nossa Senhora.
Escultura Ujamaa
3. Um
outro tipo de escultura, mas com outro significado cultural são as máscaras
“Mapico”, tradicionalmente usadas nas cerimónias finais e públicas dos ritos de
iniciação masculina. Estas máscaras são normalmente feitas com uma madeira leve
e clara, muitas vezes da sumaúma brava, amplamente ornamentadas com panos e
penas, e são colocadas sobre a cabeça do dançarino, de modo que ele consiga olhar pela boca da máscara. As cabeças são de animais ou pessoas,
complementadas com pelos ou cabelo naturais, e podem caricaturar personagens
conhecidas da comunidade, incluindo dirigentes ou antigos colonos ou militares.
Máscara Mapiko
De
nacionalidade tanzaniana, um dos artistas macondes mais conhecidos na Europa
foi George Lilanga, escultor e pintor.
Sobre
as Máscaras Macondes
As
máscaras Macondes são motivo de grande interesse por parte de coleccionadores e
estão expostas em vários museus da Europa e Moçambique. São consideradas a
melhor representação da arte da escultura em madeira, nativa Moçambicana, feita
pelos Macondes.
A
máscara Lipiko é esculpida para o ritual do Mapiko-dança. É executada em
madeira leve, pelos escultores ou homens velhos da aldeia, feitas no Mpolo,
pequena casa destinada para o efeito, longe de todos os olhares.
Para
a dança, o Mapiko ou dançarino enfia a máscara, de maneira a ficar com a cabeça
tapada e com o rasgo da boca à altura dos olhos. À volta do pescoço, um pano
colorido de seda tapa o bordo da máscara, conjugando uma indumentária complexa
que procura esconder todo o corpo do dançarino, não permitindo revelar a sua identidade.
Esta
impressionante dança cheia de força, expressividade e misticismo, num ambiente
de euforia ao som de cânticos estridentes e tambores, é executada nas
principais festas e cerimónias da aldeia e, sobretudo, nos ritos de iniciação
dos jovens e das mulheres, que têm por objetivo integrar o indivíduo no seu
novo grupo social. Entre os macondes, os ritos de passagem envolvem toda a
população, e estão presentes no nascimento, puberdade, casamento e morte.
As
máscaras dos macondes traduzem os antigos usos, costumes, tradições e
superstições. São de grande interesse etnográfico e revelam a identidade do
povo maconde.
Seres ou indivíduos que se distinguem dos restantes pelo carácter específico que só a eles é comum: filho da puta.
Caso responda afirmativamente a, pelo menos, cinco questões, então é provável que seja um filho da puta.
1º É bajulador com os de cima e arrogante com os de baixo?
O filho da puta é facilmente reconhecido pela forma como trata mal a senhora da limpeza, o empregado de balcão ou qualquer pessoa, que, na sua perspectiva, seja seu inferior hierárquico. Apesar da naturalidade com que consegue ser bruto, mal educado e insensível com aqueles que ganham menos do que ele, não tem pejo em ser sabujo com o patrão, o rico e o Sr. Engenheiro que não é Doutor, é Engenheiro, a quem se dirige com servilidade canina, afectações submissa e adulação rastejante.
2º Conduz como se fosse o rei da estrada?
Mesmo o filho da puta mais discreto é incapaz de esconder a filha-da-putice ao volante. Frequentemente, o filho da puta estaciona onde não deve, impedindo o trânsito, e quando alguém lhe apita, emite o seu grito de guerra (“O que é que foi?!”) mostrando-se disponível para lutar. O filho da puta nunca faz piscas nem cede passagem, encontre pela frente um triângulo ou um hexágono. Quando precisa de sair à direita, círcula pela esquerda até ao último momento. Só então cruza o traço contínuo e, mais esperto que a enorme fila atrás de si, intimida alguém para que o deixe entrar.
3º Acredita que a injustiça “é mesmo assim”?
“O quê? Olha para estes… queriam um hospital… está bem, está!” O filho da puta acha que tudo o que é injusto é uma lei irreversível do cosmos e que quem a pretende inverter é estúpido. Para o filho da puta, cortar nos salários é inevitável, privatizar as escolas é a lei da vida e subir os impostos sobre quem trabalha é uma fatalidade.
4º Acha piada ao sofrimento dos outros e goza com os que lutam por si?
O filho da puta goza com as greves, com as manifestações, com os sindicatos e com as eleições. A sua sociopatia manifesta-se na distância e cinismo com que observa a miséria alheia, sendo capaz de troçar do desempregado, do doente, do desesperado e do indigente. O filho da puta faz gala dos seus dotes de cómico que não quer saber e pode ser observado a rir do telejornal, do princípio ao fim.
5º Começa frases com “eu não sou racista, mas…”
Esta frase é a antecâmara de todo o racismo e o filho da puta usa-a como um passaporte para dizer barbaridades que fariam Hitler corar. O filho da puta sabe que é racista e compreende que a sua ideologia não é bem vista, pelo que a mascara com um prefixo de pudor e recato: “Eu não sou racista, mas os ciganos era…”
6º Está-se a cagar para tudo?
O filho da puta não quer saber de nada nem se importa com nada. A sua incapacidade de sentir compaixão, solidariedade e revolta é proporcional ao conforto que sente perante a injustiça que afecta os demais. Para o filho da puta total, não existe nenhum limite inultrapassável a partir do qual é necessário dizer que não, fazer greve ou sair à rua.
7º Por onde passa, o mundo fica mais feio?
O filho da puta deita as beatas para o chão no hospital, constrói um mamarracho de betão armado em cima da praia, atira sempre o lixo para o chão do parque público e compra imóveis às dúzias para deixá-los cair de abandono e podridão. O filho da puta caracteriza-se por ser indiferente à beleza, à natureza e à história.
8º Não faz nada sem esperar um benefício pessoal em troca?
O filho da puta só se move por dinheiro, influência ou reconhecimento. O filho da puta considera “estúpido” fazer qualquer tipo de trabalho que não seja remunerado materialmente e de forma tangível ao seu curto alcance mental. A militância política, a generosidade, a amizade e o amor inspiram-lhe ora desprezo ora gargalhadas.
9º É este tipo?
10º ou este tipo?
11º ou ainda este tipo?
12º Falha a maioria dos compromissos que assume?
O filho da puta não tem palavra. Diga o que disser, fará sempre em cada momento aquilo que lhe trará mais benefícios materiais. Os conhecidos do filho da puta sabem que podem contar ele apenas na medida em que ele precise dos outros.
13º Acha que o povo português é uma merda?
O filho da puta destila ódio contra a função pública, contra os grevistas, contra os enfermeiros, contra os médicos, contra os emigrantes, contra os imigrantes e contra o povo em geral. Este ódio é alimento do sadismo político austeritário que nutre em matérias como direitos sociais e questões laborais. O seu coração é do tamanho de uma caixa de comentários do Correio da Manhã numa notícia sobre um assalto na Amadora. O filho da puta acha que todos os portugueses são preguiçosos, trafulhas e estúpidos. Todos menos ele.
14º Apoia o partido onde estiver o poder e o dinheiro?
O filho da puta é aquele cujas preferências políticas moram sempre sob o telhal dos poderosos. Quando o PS está na câmara, o filho da puta é “socialista”. Quando o PSD está no governo, o filho da puta diz-se “social-democrata”. A única excepção à regra são as autarquias comunistas, que nunca granjeiam a simpatia dos filhos da puta, vá se lá saber porquê.
15º Costuma comprar produtos de luxo por valores obscenos?
O filho da puta é incapaz de compreender porque é que é imoral gastar vinte mil euros numa mala de senhora. Por mais que lhe expliquemos, o seu individualismo é tão grande e a sua ligação à humanidade é tão pequena, que é inclusive capaz de estufar o peito e andar por aí, a ostentar as penas e o luxo extremo.
16º Fura todas as greves para agradar o seu patrão?
O filho da puta não decide não fazer greve. Está à espera que a greve chegue, para poder subir um milímetro na simpatia do patrão, sendo para os colegas tão pouco solidário e detestável quanto humanamente possível. A radicalidade com que o filho da puta odeia a greve é apenas contrastada com a brandura com que, quando os colegas vencem, aceita colher os seus benefícios.
17º Costuma dizer “no tempo do Salazar é que era bom”?
O filho da puta é reaccionário na acepção original do termo, ou seja, detesta o progresso e ama o passado. Por esta razão, o seu comentário político recorrente é a exaltação do fascismo, do sexismo, da censura, do racismo e da violência contra o povo. Não o faz por pura ignorância, mas, mais exactamente pela sua condição de filho da puta.
18º Defende que, pela roupa que usam, algumas mulheres “andam a pedi-las”?
O filho da puta acha que o mundo gira em torno do seu pénis. Na sua visão do mundo, as mulheres escolhem a roupa de modo a provocá-lo e para, globalmente, convidarem os homens a tentar violá-las.
19º O seu objectivo de vida é ocupar o lugar dos que o oprimem e exploram?
O filho da puta oprimido sonha com o lugar do opressor. O filho da puta explorado sonha com o lugar do explorador. E mesmo quando o conseguem, não desistem de subir mais, para oprimir e explorar mais gente, para ser cada vez mais e mais rico.
20º Respondeu afirmativamente a pelo menos cinco destas perguntas?
