Lançada em 1887 em Atlanta, nos EUA, pelo seu criador John Pemberton e o seu amigo Frank Robinson e anunciada como uma bebida revigorante e tónica, com vários efeitos benévolos para algumas doenças, o seu primeiro ano de comercialização foi um fracasso. Só em 1894, ano em que pela primeira vez foi vendida em garrafas de vidro (até aí era vendida a copo) e a originalidade e agressividade usadas na sua promoção fizeram da bebida um êxito nos EUA. Em 1895 havia já 3 fábricas a produzir Coca-Cola (Chicago, Dallas e Los Angeles) e em 1897 iniciou-se a sua internacionalização.
A fórmula 'secreta' da Coca-Cola desvenda-se em 18 segundos em qualquer
espectrómetro óptico. Só que não dá para a fabricar, a não ser que tenha uns 10
biliões de euros para entrar numa guerra na justiça com a Coca-Cola, de onde, o
mais certo é sair “morto” !
A fórmula da Pepsi-Cola tem uma diferença básica
intencional da Coca-Cola, exactamente para evitar processos judiciais. Não é
diferente porque não tenham conseguido fazer exactamente igual, mas é
suficientemente semelhante para atrair consumidores de Coca-Cola – a
Pepsi-Cola tem menos de sal e açucar.
Se tirarmos a enorme quantidade
de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio por lata) verá que a Coca-Cola fica
igualzinha a qualquer outro refrigerante, sem tirar nem pôr. É exatamente a
quantidade exagerada de cloreto de sódio (very low sodium) que dá ao
refrigerante a sensação de frescura, aumentando, ao mesmo tempo, a sede. O sal
reduz a sensibilidade ao sabor doce: 39 gramas de açucar (sacarose) por lata.
Em cerca de 350 gramas de líquido, mais de 10% é açúcar – são 3 colheres de sopa
cheias de açucar por lata.
A FÓRMULA DA COCA-COLA
Simples: concentrado de
açúcar queimado - caramelo (para dar a cor escura e gosto); ácido orto-fosfórico
(azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido
da frutose do milho); extrato da folha da planta coca e mais alguns
aromatizantes naturais de plantas, cafeína, e conservantes que podem ser
benzoato de sódio ou benzoato de potássio, e dióxido de carbono em quantidade
suficiente para, tal como o sal, proporcionar a tal sensação de frescura quando
se bebe.
O uso do ácido orto-fosfórico e não do ácido cítrico, como na maioria
dos refrigerantes, serve para dar a sensação, quando se bebe, de dentes e boca
limpa - o ácido “frita” literalmente tudo ( pode até atacar o esmalte dos
dentes, coisa que o ácido cítrico ataca com menor violência) – o ácido
orto-fosfórico 'chupa' também grande quantidade do cálcio do organismo, tornando
a bebida prejudicial às crianças, podendo comprometer a formação saudável dos
ossos e dentes. Sem este ácido o conhecido sabor da Coca-Cola desapareceria e
esta tornava-se um refrigerante absolutamente vulgar.
O extracto de coca e das
outras folhas quase não mudam nada no sabor – se fossem retiradas da “receita”
não haveria alteração do gosto da bebida – a sua integração na fórmula é mais
direccionada para a produção de “efeitos comerciais”. O gosto é dado
basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais,
ácidos e conservantes.
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