Em Portugal mais de metade do preço de venda dos combustíveis resulta de taxas e impostos, sendo o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) o que representa a maior fatia do valor pago. Se tivermos em conta que a média salarial dos portugueses é das mais baixas da Europa, percebemos como o Estado se aproveita dos cidadãos para sacar o mais possível, tudo isto a juntar aos mais altos impostos de sempre. Revoltante !
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
sábado, 10 de agosto de 2019
Tenente Adriano Francisco Bomba, piloto da Força Aérea de Moçambique
Adriano Bomba foi um aluno brilhante na Escola Industrial, viveu no Bairro do Fomento, na Matola, e jogou futebol, como médio, no Sporting Clube de Lourenço Marques.
A sua fuga de
Moçambique foi organizada pelo seu irmão Boaventura Bomba, ligado aos serviços
secretos sul africanos e aos elementos da comunidade portuguesa na África do Sul que apoiavam a Renamo. Na África do Sul não foi tratado ou considerado como um prisioneiro de guerra, porque a África do Sul não estava em guerra com Moçambique, e foi-lhe concedido asilo político. O MIG 17, que não se encontrava nas melhores condições (um dos canhões estava inoperacional e os pneus estavam completamente degradados), foi devolvido a Moçambique.
O tenente Adriano Bomba a prestar declarações às autoridades sul-africanas
Os sul africanos pediram que os
irmãos Bomba fossem integrados na Renamo e, após muitas pressões. o presidente da Renamo,
Afonso Dhlakama, inicialmente relutante, aceitou a integração.
Pilotos sul-aficanos em pose frente ao Mig-17 de Adriano Bomba
Boaventura Bomba,
já com o cargo de Comissário Político da Renamo, acabou por ser executado num
campo militar sul africano na Namíbia, em circunstâncias pouco esclarecidas; segundo o Brigadeiro sul -africano Van Niekerk
, Orlando Bomba foi acusado pelo assassinato de Orlando Cristina , secretário-geral
da Renamo e foi levado para o Corredor de Caprivi (Namíbia), na altura ainda
sob administração sul-africana, tendo sido submetido a julgamento militar e
executado a bordo de um helicóptero, tendo o seu corpo sido lançado ao mar
ao largo da costa namibiana.
Após a assinatura do Acordo de Romade 1992, Afonso Dhlakama declarou à comunicação social em Maputo que Adriano Bomba “havia morrido” sem adiantar mais pormenores. De acordo com membros da Renamo, Adriano Bomba terá morrido durante uma emboscada.
O que se segue é a transcrição dum extracto das
respostas dadas por Adriano Bomba, depois publicadas pelo jornal sul africano
“Panorama” e replicada por outros meios de comunicação da época.
Pergunta:
O facto de ter trazido consigo um avião MIG I7 representa um acto de guerra particular contra o sistema em Moçambique?
Resposta:
Utilizei o avião como simples meio de transporte, mais nada.
Um meio de transporte mais eficaz. Sei que aquele avião não pode ser utilizado
contra a Frelimo. Porquê? Porque sei que não sou o primeiro piloto que foge de
um país num avião de guerra. Sei que depois disto tudo, o avião irá de volta.
Isto já aconteceu com um piloto soviético que saiu da URSS num MIG-25, aterrou
no Japão e depois seguiu para os Estados Unidos. Depois de ter sido estudado e
todo desmontado, o MIG-25 foi reenviado para a União Soviética.
Pergunta:
Disse que se sentia mais útil a Moçambique fora do país, do
que na situação em que ali se encontrava. Quer ser mais explícito sobre este
aspecto?
Resposta:
Em Moçambique, quando estava a estudar, tinha em mente
tirar um curso, o meu curso. A importância que vejo nele não é unicamente
nacional, resulta da importância que esse curso ocupa no campo científico, e a
ciência para mim não tem nacionalidade. Aquilo que eu pudesse fazer no campo da
ciência poderia beneficiar Moçambique, pelo menos a longo prazo. O facto de não
ter podido segui-lo demonstra que as pessoas em Moçambique não se desenvolvem.
Porquê? Porque não têm o direito de optar. Quando um indivíduo opta, é muito
mais dedicado à sua causa.
Pergunta:
Teria a sua deserção surpreendido os seus camaradas de armas
de Moçambique?
Resposta:
Penso que os meus colegas, principalmente os da Força Aérea,
não se admiraram daquilo que eu fiz, porque os nossos ideais convergem. Mas
tomar a decisão que tomei é coisa que tem muito mais importância e é muito mais
difícil. Este meu acto vai despertar muita gente; tenho consciência de que
muitas mentalidades adormecidas vão despertar por causa deste meu acto.
Pergunta:
Com um acto de ousadia quase agressiva, modificou
subitamente o curso de seu destino. Como antevê o desenrolar desse destino?
Resposta:
Os meus planos são aumentar os meus conhecimentos na África
do Sul.
Pergunta:
Não receia que a sua família em Moçambique esteja agora em
perigo?
Resposta:
Não penso que a minha família esteja em perigo. Porquê?
Porque as autoridades moçambicanas não têm um argumento concreto. O que fiz foi
uma decisão que tomei sozinho, que não partilhei com ninguém.
Pergunta:
Como é do conhecimento geral a República da África do Sul é
alvo de propaganda muitas vezes falaciosa e muito agressiva acerca do sistema
interno do país. Sendo negro, pede asilo político à África do Sul. Porquê?
Resposta:
Eu não vim para a África do Sul para me envolver nas suas
actividades internas. Não estou para me intrometer nos assuntos internos da
África do Sul.
Pergunta:
Não receia as atitudes raciais que provavelmente terá de
enfrentar na África do Sul?
Resposta:
Quando vim para a África do Sul não sabia como é que se
vivia aqui. O que sabia da África do Sul era aquilo que a propaganda
anti-sul-africana dizia. Até fiquei admirado, depois de chegar à África do Sul,
quando saí e vi a maneira como convivem os pretos e os brancos. A realidade
entrava em choque com aquilo que a propaganda lá fora diz. É claro que eu não
sei tudo acerca das relações sociais entre pretos e brancos aqui na África do
Sul, porque pouco ainda vi. Mas o que já vi é a demonstração de que é mentira o
que dizem lá fora.
Pergunta:
Considera-se um exilado político na África do Sul?
Resposta:
Eu pedi residência permanente na África do Sul.
Pergunta:
Faz parte de uma elite de homens bastante reduzida, é um
piloto de caça-bombardeiro. Com a decisão de vir para a África do Sul nestas
circunstâncias, não se ressentirá do facto de não voltar a pilotar o seu
MIG-17?
Resposta:
Eu gosto da minha especialidade. Todo o piloto de
caça-bombardeiro adora a sua especialidade. É algo que entra no sangue.
Gostaria de continuar a voar na qualidade de piloto de caça-bombardeiro.
Pergunta:
Teve medo quando viu um Mirage ao pé do seu MIG-17 ?
Resposta:
Eu tinha visto o Mirage somente em fotografias e sabia que
não era nenhum bicho do outro mundo. Quando vi os Mirages perto de mim, fiquei
mais tranquilo, porque um Mirage perto de um MIG-17 é muito menos perigoso que
um Mirage longe de um MIG-17.
Pergunta:
A sua saída de Moçambique, nas circunstâncias conhecidas,
foi certamente um teste à sua capacidade de imaginação...
Resposta:
Eu preparei o voo. Quando vão voar, os pilotos têm de fazer
um desenho da rota que vão seguir. Eu não ia, com certeza, desenhar uma rota
com descolagem em Maputo e aterragem em Hoedspruít. O voo que desenhei era a
rota normal para atingir o alvo a determinada hora e depois retomar a Maputo.
Mas, claro, dentro do avião fiz outra rota, para sair, passar pelos pontos de
mudança de rota e fazer a aterragem em Hoedspruít. Mas tudo isso foi só dentro
da minha cabeça.
Pergunta:
Encontrando-se na República da África do Sul há cerca de dez
dias, será tempo suficiente para poder avaliar se terá tomado uma decisão
correcta?
Resposta:
Que tomei a decisão correcta, isso eu concluí ainda em
Moçambique. Por tal razão vim para aqui. Agora não tenho dúvidas nenhumas.
Fontes e Bibliografia
Extensão trechos deste artigo foram publicados no livro
"Africano MiGs", Publicações SHI, Viena (Áustria), 2004 (ISBN:
3-200-00088-0).
Excepto para pesquisas e materiais gentilmente cedidos pelo
contribuinte no forum ACIG.org, especialmente ao Sr. Pit Weinert, as seguintes
fontes de referência foram utilizados:
- "ABLAZE continente, as guerras em África Insurgency,
1960 to the Present", de John W. Turner, ISBN 1-85409-128-X, Imprensa da
armadura e armas, 1998
- "GUERRAS AFRICANAS: ANGOLA E MOÇAMBIQUE
1961-1974" Osprey "homens de armas" Serie No.202, pela Abbott
Pedro e Manuel Rodriguez, Osprey 1988, 1989, 1995.
- "GUERRAS AFRICANO MODERNA 3: WEST-ÁFRICA DO SUL"
Osprey "homens de armas" Serie No.242, por Römer-Helmoed Heitman e
Hannon Paulo, Osprey 1991.
- "O Mundo em conflito; guerra contemporânea, por John Laffin, Brassey, 1996 (ISBN:
1-85753-196-5)
- "Guerras aéreas e aeronaves; um registo detalhado de
Combate Aéreo, 1945 to the Present", de Victor Flintham, Armas e Armour
Press, 1989
- "Der flugzeuge NVA in Afrika", por Jürgen Roske,
Fliegerrevue 6 / 92 (revista alemã), 1992
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segunda-feira, 20 de maio de 2019
Joe Berardo
A LIÇÃO DE BERARDO
(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 18/05/2019)
Joe Berardo não é um chico-esperto em terra de saloios, ao contrário daquilo que ostensivamente julga. Mas também não é a ovelha negra num rebanho de gente séria. Berardo é o saloio num palco de saloios, onde aventureiros morais como ele são tratados como empresários, venerados como mecenas das artes e distinguidos como comendadores da nação. O seu feito, ao ter conseguido tudo isso e ainda devolver os mimos com que foi tratado com aquele riso alarve de quem acredita que nos comeu a todos por parvos, não é de grande monta. Foi só uma questão de estar no lugar certo no momento certo e no meio da gente certa. Hoje, quando ele (e seguramente orgulhoso) foi erigido ao estatuto de bandido-modelo da nação, o que importa questionar é o tipo de clube-nação que o permitiu.
O comendador, condecorado por dois Presidentes da República pelo seu mérito empresarial ou pelo contributo para a riqueza do país, jamais foi empresário de coisa alguma e jamais acrescentou um euro à riqueza colectiva. Foi sempre e apenas um especulador financeiro em benefício próprio exclusivo, que nunca criou uma empresa, uma chafarica, um posto de trabalho. Tudo isso era sabido desde sempre e foi, sabendo-o, que Eanes e Sampaio lhe puseram ao peito dois símbolos do reconhecimento pátrio — em nosso nome. Mas hoje, erigido em símbolo das malfeitorias e padroeiro dos caloteiros, e à beira de perder o seu tão estimado título de comendador, Berardo pode dizer que nem ele está só nem Eanes e Sampaio estão sós.
Metade, seguramente, da lista destes supostos heróis da pátria, feitos comendadores por todos os Presidentes sem excepção, são gente que de modo algum se recomenda. Metade deles foi distinguida pelos mais inconfessáveis motivos: compadrio pessoal, compadrio político, compadrio financeiro, compadrio maçónico, cunhas e pagamento de dívidas.
Os membros do “Clube da República”, como um dia aqui lhe chamei, dedicaram-se ao longo de décadas a nomearem-se uns aos outros para os lugares mais apetecíveis do Estado, a financiarem-se uns aos outros, a cobrirem-se uns aos outros, a negociarem uns com os outros, a criarem um sistema cruzado de impunidades e irresponsabilidades e, para finalmente enganarem os tolos, a elogiarem-se e distinguirem-se uns aos outros. No final do processo, os Presidentes da República, levados ao engano ou incapazes de resistir às pressões dos amigos do “Clube da República”, enfiaram-lhes no peito uma certidão de cidadãos exemplares, funcionando como uma espécie de indulgência plenária para eventuais malfeitorias, passadas ou futuras.
No caso de Berardo, o cúmulo do ambiente de saloiice geral que sempre o rodeou e cortejou foi a história da Colecção Berardo. A dita Colecção (e isto é, obviamente, apenas a minha opinião) não tem qualquer valor representativo da arte moderna. Precisamente porque ele não é um coleccionador, mas sim um empilhador de arte, o seu acervo não reflecte qualquer critério de gosto, de conhecimento ou mesmo de paixão pela arte. Mas o homem soube rodear-se de quem, devidamente contratado para tal, tratou de criar uma aura de excelência em volta da colecção que, por simples temor intelectual, ninguém se atreveu a pôr em causa. E foi assim que ele conseguiu a proeza de resolver o seu problema particular de onde guardar aquilo, à custa de todos nós. Num contrato negociado directamente entre o assessor cultural do primeiro-ministro de então, José Sócrates, e o conselheiro de arte e avençado de Berardo — (que, por incrível coincidência, eram uma e a mesma pessoa) — o “mecenas” da arte moderna portuguesa sacou nada menos do que de toda a área de exposição do CCB para guardar e expor a sua colecção sem quaisquer custos. E ainda lhe fez chamar Museu/Colecção Berardo, com entradas gratuitas, de modo a poder dizer que era o mais visitado museu português. E de novo todos se calaram, no terror de atrair sobre si a ira e o desprezo dos ditadorezinhos da nossa “crítica de arte”. Todos, incluindo o director do CCB, talvez também aliviado por não ter de se preocupar mais com a ocupação daquele espaço. E foi assim que o CCB — o mais caro equipamento cultural que alguma vez pagámos — nunca mais viu uma exposição, hipotecado que está há dez anos a servir de arrecadação e promoção pessoal do comendador. E por ali têm desfilado todos os notáveis da pátria, em ocasiões festivas de homenagem ao “mecenas”.
Nunca gostei de bater em quem está em baixo, mas há aqui razões para uma excepção: primeiro, porque muito disto já o tinha escrito quando ele estava em cima e, depois, porque Berardo não está em baixo: está em cima de uma dívida de 1000 milhões, que, deliberadamente e de má-fé, tornou incobrável, pavoneando-se ainda orgulhoso da sua espertice. Claro que tudo isto seria diferente se o homem tivesse o mínimo de vergonha e decoro. Se, para ele, ser apontado na rua como o rei dos caloteiros lhe causasse algum incómodo. Mas esta é a mesma pessoa que há anos enfrenta os condóminos do seu prédio e as sentenças dos tribunais, recusando-se a derrubar uma casa-de-banho clandestina que ergueu no topo do prédio, com vista de rio, invocando, sem pudor, o princípio constitucional de que “todos têm direito a uma habitação condigna”. Habitação de que, aliás, garante ser apenas arrendatário, pois que nada tem de seu, nem sequer um euro de dívidas ou até a mítica Quinta da Bacalhoa, construída pelo filho de Afonso de Albuquerque e que o Estado Português deixou ir à praça sem comprar, para acabar nas mãos deste benemérito, que logo a fez rodear de muros e cercas, como se fosse seu dono — o que, como garante, também não é. Mas Berardo é o que é e que todo o país teve ocasião de ficar a conhecer agora mais intimamente. Não se lhe pode exigir mais do que aquilo para que nasceu e de que não se envergonha, antes pelo contrário.
Os responsáveis maiores, os que não têm perdão, são os que o financiaram para assaltar o BCP, sobretudo os que o fizeram com o dinheiro dos contribuintes. Os que lhe deram o CCB como arrecadação privada. Os que o cortejaram, privilegiaram, promoveram e distinguiram. E os que o ajudaram, num longo, sinuoso e degradante processo de calotice transformado em forma de vida.
E é o espírito do tempo de um país onde somos muito rápidos a fuzilar os poderosos e ricos que caem em desgraça, mas jamais questionamos a origem do seu dinheiro e do seu poder enquanto eles estão na mó de cima. Um país onde paga mais imposto quem vive exclusivamente do seu trabalho do que quem vive da especulação.
Onde tantas empresas, tantos negócios e tantas fortunas não existiriam sem o favor do Estado, o dinheiro do Estado, as dívidas ao Estado. Um país onde quem esconde milhões lá fora para fugir ao fisco recebe, em o vento estando de feição, um atestado de cidadão cumpridor se trouxer o dinheiro de volta, pagando apenas 7,5% de IRS. O tal país do “Clube da República” onde se perdeu, simplesmente, o conceito de honra e a noção de vergonha. O país reflectido naquela inesquecível gargalhada com que ele nos contempla: “Ah, ah, ah!”. O país dos Berardos.
Miguel Sousa Tavares
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sexta-feira, 15 de março de 2019
Acidente do Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines
A queda do Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines
Este avião utiliza o sistema MCAS
O MCAS está localizado no nariz do avião e tem como função “sentir” a inclinação do aparelho e, se necessário, corrigir automaticamente a linha de voo. A má manutenção ou um erro destes sensores poderá levar o sistema a pensar que o avião está a subir de forma vertical exagerada, num ângulo em que o ar deixa de correr devidamente pelas asas podendo originar problemas de sustentação e, eventualmente, uma quebra estrutural.
Para impedir isso, o sistema corrige automaticamente a inclinação. Ou seja, puxa o avião para baixo, com o nariz apontado para o chão.
De acordo com o New York Times, suspeita-se que em relação ao acidente de Outubro, com um Boeing 737 MAX, os pilotos não sabiam sequer da existência deste sistema a bordo. As caixas negras revelaram que o comandante tentou corrigir, sem sucesso, a trajectória de queda, mas nunca desligou o sistema.
O MCAS foi introduzido pela Boeing nestes 737 MAX para compensar as alterações aerodinâmicas provocadas pelos motores maiores, mais potentes, mais pesados, mas também mais eficientes e económicos.
Nas fotos pode ver-se a diferença na colocação dos motores - nos modelos 737 mais antigos os motores estavam colocados praticamente debaixo das asas mas nos novos Max 8 os motores estão montados muito mais à frente, fora das asas, o que aumenta o peso na frente da aeronave.
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domingo, 3 de fevereiro de 2019
Portugal - Especialidades Gastronómicas Regionais
“Uma composição
culinária, característica, inconfundível. Transmite-se por tradição: os
estrangeiros não sabem confeccioná-lo, mesmo naturalizados: tendo chegado até
nós por processos lentos, e contraprovas de biliões de experimentadores,
sucessivamente interessados em o fixar de forma irrepreensível, resulta ser ele
sempre uma coisa eminentemente sápida e sadia. Isto o distingue dos pratos
“compostos”, quero dizer daquelas mixórdias de comestíveis e temperos, doseados
a poder de balança, exclusivamente científicas, nada intuitivas e meramente
inventadas.
O prato nacional é como o romanceiro nacional, um produto do génio colectivo: ninguém o inventou e inventaram-no todos: vem-se ao mundo ido por ele, e quando se deixa a pátria, antes de pai e mãe, é a primeira coisa que se lembra.
Em Portugal não há província, distrito, terra, que não registe entre os monumentos locais, a especialidade de um petisco raro, sábio, fino, verdadeira sinfonia de sabores sempre sublime.
O prato nacional é como o romanceiro nacional, um produto do génio colectivo: ninguém o inventou e inventaram-no todos: vem-se ao mundo ido por ele, e quando se deixa a pátria, antes de pai e mãe, é a primeira coisa que se lembra.
Em Portugal não há província, distrito, terra, que não registe entre os monumentos locais, a especialidade de um petisco raro, sábio, fino, verdadeira sinfonia de sabores sempre sublime.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
AS TASCAS SECRETAS DE LISBOA
AS TASCAS SECRETAS DE LISBOA
Merendinha do Arco - Rua dos Sapateiros, 230 tlf: 213 425 135 peixe-espada grelhado no carvão, que vem acompanhado de um arroz de feijão reconfortante; bacalhau com grão, guisado de vitela e legumes, bochechas de porco preto, e vinho verde da casa para acompanhar a sua refeição.
Cantinho Lusitano - Rua dos Prazeres, 52 - tlf: 218 065 185 queijos e charcutaria, guisado de caracóis, favas com salada de coentros, bacalhau com grão e muitas outras delícias portuguesas. Para a sobremesa experimente o queijo cottage com doce de abóbora.
Baíuca - Rua São Miguel, 20 Alfama - tlf: 218 867 284 guisado de tamboril e peixe grelhado no carvão
Marisqueira Nunes - Rua Bartolomeu Nunes, 120 - tlf: 213 019 899 lapas e bruxas (uma lagosta que só há, normalmente, na costa dos Açores). Gambas gigantes ao alho é obrigatório, e o arroz de lagosta é também uma boa escolha.
Tasquinha do Lagarto - Rua de Campolide, 273 - Tlf: 213 883 202 - vitela assada com batatas assadas e brócolos, por 13 euros. O outro é arroz de garoupa, por 10 euros. É relativamente barato!
Zé dos Cornos - Beco dos Surradores, 5 - tlf: 218 869 481 - carne e peixe grelhados no carvão, sendo que a recomendação vai para o bacalhau e as costeletas de porco. Mas o que marca mesmo este lugar é a bifana.
Tasca do Vigário - Rua do Vigário, 18 Santo Estevão - tlf: 218 876 534. Fica muito perto do da Feira da Ladra, do Panteão e da bonita Rua dos Remédios. Se chegar lá depois do meio-dia irá encontrar uma multidão, por isso não se atrase! As doses são extremamente generosas e a carne é tenra e saborosa. Tem um cozido à portuguesa estupendo. O preço médio de uma refeição com vinho ronda os oito euros/pessoa.
Varina da Madragoa - Rua das Madres, 34-36 - tlf: 213 965 533 - bacalhau, que vem grelhado na perfeição.
Zé da Mouraria - Rua João do Outeiro, 24 - tlf: 218 865 436 - lulas e batatas numa taça metálica gigante. Uma dose alimenta quatro pessoas. Entrecosto com arroz de feijão, bacalhau assado .
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