sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Os NBU - Novos Bimbos Urbanos


São urbanos. Estão entre os 30 e os 45 anos. Têm cursos superiores. São já tendencialmente dependentes dos smartphones e i-phones e das Redes Sociais. Vivendo num constante vazio, para se sentirem integrados nesta sociedade que se quer global, aderem a modas fáceis, em busca de felicidade efémera que se desfaz como o fumo. São conhecidos como os NBU ou os Novos Bimbos Urbanos.

Uma das modas é o GIN

Gin Sim, aquela bebida que era a dos nossos pais e que era servida com água tónica e, nos sítios mais finos, com uma rodela de limão. Essa bebida que ninguém gostava e que era azeda, está na moda. Nas prateleiras dos hipermercados, onde outrora havia apenas uma marca, a mais rasca,estão agora uma enormidade de diferentes marcas e estilos. A moda do Gin apareceu do nada, mas planeada, encostou as caipirinhas e os mojitos a um canto. Sim, é bom, eu bebo e já dei uma vez 14€ por um gin. Sou estúpido. Um palerma, mesmo. Não há bebida que valha esse dinheiro a não ser pelo marketing, branding e impinging que nos fazem. Fazer um gin não é arte, meus amigos. É misturar cenas lá para dentro e logo se vê. "Ai, o copo tem que estar gelado, tem que se passar as folhinhas de menta nas bordas para aromatizar, meter a tónica numa colherem espiral para não quebrar as bolhinhas frágeis da menina.". Menos, se faz favor. Não estou para estar cinco minutos à espera de um gin, para no fim saber igual aos outros todos, especialmente se for o quinto da noite. Tomem juízo. Assim ainda me fazem perder o engate. O gin conseguiu vencer a barreira da mariquice que muitos homens não se sentem confortáveis em ultrapassar. Antigamente,qualquer bebida doce com fruta lá dentro era para gaja ou designers de interiores. Hoje, uma bebida com bagas e folhinhas é de homem !

A outra é o SUSHI

Não gosto. Sim, já experimentei mais que uma vez. Sim, já experimentei diferentes restaurantes. Sim, já me disseram que é uma questão de hábito. Não gosto e não quero experimentar mais, pode ser? Há sempre um amigo que nos tenta convencer que sushi é a melhor comida do mundo! Que nós só não gostamos porque ainda não experimentámos com os planetas alinhados e vestidos todos de ganga. Metam na cabeça que há pessoas que não gostam de peixe cru! Não devia ser assim algo tão estranho, o estranho é gostar. Antes, a norma era não se gostar, mas agora anda tudo maluquinho com o sushi. É uma falta de respeito para com os nossos antepassados que inventaram o fogo. Não percebo como é que se insiste em comer algo que não se gosta. Se não estivesse na moda, ninguém experimentava dez vezes até gostar. Experimentavam uma, ou duas, como eu, e pronto, não gostam, nunca mais lá vão. Mas, como é fixe comer sushi e dá boas fotos para o Instagram, o pessoal obriga-se a comer até gostar. Dêem lá 50€ por um sushi que eu, com isso, janto a semana toda no Zé Manel, na minha praceta, onde gostei logo à primeira.

Outra moda é o TWERKING

Abanar o rabo de forma sexual e com os calções mais curtos do mercado, dois números abaixo, com a desculpa que é uma dança. Por mim, venham mais modas destas! O twerk está para os homens, como abanar o saco dos bis-coitos está para os cães salivarem. A moda ainda não está muito disseminada por Portugal, que já se sabe que as portuguesas são todas meninas de respeito. Por isso e porque, talvez, não tenham jeito para abanar o pacote, já que o nosso sangue latino anda muito arrefecido pela austeridade. Quando é bem feito, o twerk e as meninas que o fazem, é sem dúvida hipnotizante. Nós, homens, conseguimos estar horas a ver um rabo jeitoso a rebolar-se todo. É genético e diz que faz bem à circulação. No entanto, é uma moda parva, especialmente quando é feito em nome da não objectificação do corpo da mulher. Ridículo, mas continuem a fazê-lo, se faz favor.

E o SWAG

O SWAG é o que a malta jovem chama ao estilo. Implica ter bonés com autocolantes de origem, camisolas de alças, calções curtos a mostrar a esquina do cu, óculos escuros e fumar para a foto. Cores berrantes, gorros com pompons no pico do Verão e leggins com padrões à Joana Vasconcelos. O que mais me irrita no SWAG é quem adere a esse estilo dizer que tem SWAG. É a palavra em si que me irrita. O estilo, em si, não me faz grande confusão, sempre houve modas parvas e cada um veste o que quer, mesmo que pareça que foi vestido por um estilista autista e daltónico. É lá com eles. Metam a calça no fundo do cú amostrar os boxers e vistam roupa artística à vontade. Vocês vestem o que quiserem e eu digo o que me apetecer. Digo, por exemplo, que esse cenário que vocês pensam que bate bué, é pausa que vos faz parecer pintassilgos vestidos de palhaços.

RUNNING

Toda a gente corre, mas já ninguém diz que corre. É muito mais fino dizer "Hoje não vou poder ir ao teu jantar, porque tenho que ir fazer running". Aliás, aqui na Buraca, efectuam-se manobras de fuga em running ! Muito mais fino que dizer que se fugiu a correr dos bandidos. "Ontem fiz mais cinco quilómetros em 53 minutos", partilha-se amiúde no Facebook. Mas quem é que quer saber? O que é que a mim me interessa qual a distância que vocês percorreram a pé, enquanto eu estava sentado ao computador a comer donuts ?! Correram? Efectuaram um running gostoso? Epá, que bom para vocês! Levaram o iPhone no braço e foram vestidos com roupa de marca que vos custou cem euros? Epá, bom para vocês! Não, não me interessa a marca dos vossos ténis. Eu não vos chateio com os meus feitos, pois não? Aliás, no outro dia também fiz 6 km. De carro. Para ir buscar três pizzas. Não me viram a vangloriar-me disso, pois não ?

SUMOS DETOX

Nunca experimentei nenhum, mas até sou gajo para o fazer um dia destes. Um sumo detox no fundo é uma sopa fria. Uma espécie de gaspacho mas com "super-alimentos", que são também eles, por si só, uma moda parva. As mulheres acham que beber sumo detox as vai fazer expelir pelo ânus toda a porcaria que comem durante o dia. " Bem, vou comer dois Big Macs, que mais logo bebo um sumo com chia, brócolos e sementes de girassol tresmalhado do Zimbabwe, mando isto tudo cá para fora ". Os homens bebem às escondidas, tendo medo de ser rotulados como quem tem um piquinho a azedo, como tem a maioria desses sumos. Mais uma vez, nada contra, bebam à vontade, até fazem bem à saúde. O que mais me irrita é o orgulho com que gritam aos sete ventos que acabaram de beber um sumo detox !

Pedro Mira Atento
(motorista de táxi)

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O sinal de mudança de direcção ou pisca-pisca

O sinal de mudança de direcção ou pisca-pisca, esse desconhecido de grande parte dos portugueses.
Ao contrário do que se pensa, uma grande parte dos condutores portugueses desconhece que os automóveis, motos, etc, têm um dispositivo que deve ser activado sempre que se pretende mudar de direcção para que quem circula nas proximidades, seja atrás, ao lado ou à frente, por uma questão de segurança mútua, saibam, atempadamente, que o condutor do veículo vai mudar de direcção e para que lado.
Bem, há também aqueles que sabem que o dispositivo existe mas dá muito trabalho tocar no manípulo....que se lixe a segurança.
Muito curiosos são aqueles que ligam o pisca já depois de iniciarem a curva (mudança de direcção) - que terão estas bestas na cabeça para se limitarem a enfeitar a curva?
E como está na moda dizer-se....isto é transversal - meninos e meninas, velhos e velhas e médios e médias.....é tudo a mesma irracionalidade e estupidez - não têm sequer a noção de que sinalizando a mudança de direcção estão acautelar a segurança de todos mas, em primeiro lugar, a sua própria e de quem viaja no seu veículo.
Há ainda uma outra classe de bestas, as que pensam que ligando o pisca-pisca ganham a prioridade, mas esses.....ficam para outra ocasião !

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

OS AUTOMÓVEIS USADOS TÊM GARANTIA OBRIGATÓRIA

OS AUTOMÓVEIS USADOS TÊM GARANTIA OBRIGATÓRIA






LEGISLAÇÃO EM PORTUGAL

A verdade é que a lei tem algo a dizer sobre a garantia de automóveis usados para o proteger. No Decreto-Lei nº 84/2008 (alterando o DL ,nº 63/2003), está estipulado que a venda de um automóvel usado implica dois anos de garantia. Isto significa que não há custos adicionais, exclusão de partes ou limite de quilómetros associados à garantia. Todo o automóvel usado que pode comprar num stand está abrangido pela garantia.

De facto, qualquer bem móvel tem dois anos de garantia, seja novo ou usado. Durante esse período, o vendedor está obrigado a assegurar a qualidade dos bens, e se forem precisas reparações é ele que tem de as pagar, não quem comprou o automóvel.



A GARANTIA DE AUTOMÓVEIS USADOS PODE SER REDUZIDA A UM ANO


Desde que seja por acordo mútuo entre o vendedor e o comprador. Uma redução superior a essa já não é permitida por lei, nos casos em que compra a uma empresa.

A legislação diz também que a declaração de garantia deve ser entregue por escrito ao consumidor ou “em qualquer outro suporte duradouro a que aquele tenha acesso”. Para poder usufruir da sua garantia de automóveis usados, basta guardar a declaração.

Note que num negócio entre privados não existe garantia, e pode apenas proteger-se nos seis meses seguintes à compra se conseguir provar que o automóvel não tinha as características anunciadas. Tenha cuidado ao comprar um carro ao homem do talho ao lado.

TENHA CUIDADO COM VENDEDORES DESONESTOS

Se vai comprar um automóvel usado num stand tem direito à garantia, ponto final. Não se deixe enganar por abates de preços se não incluir garantia, por exclusão de partes do automóvel ou qualquer outro esquema que possam tentar. Não interessa quão persuasivo o vendedor é, a garantia está na lei.
Ao tentar abater o preço tirando a garantia ou excluindo da garantia partes o carro, o vendedor está apenas a dizer-lhe que o carro não está em boas condições e que não se vai comprometer a arranjar o carro quando este avariar. Além de ilegal, isto é desonesto.
No caso do seu usado avariar, contacte o vendedor no prazo de 60 dias para este se encarregar da reparação do carro. Se o vendedor o ignorar, tem dois anos para exigir a obrigação do mesmo de arranjar o carro. Se nada resultar, pode então recorrer ao tribunal para que lhe sejam concedidos os seus direitos.
É importante não deixar passar os prazos e manter bem guardados todos os documentos, senão pode ter que pagar você a avaria. Bem podem tentar enganá-lo, mas sabendo os seus direitos é difícil. 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Bolas de Berlim

Bolas de Berlim


Durante a 2ª Guerra Mundial, uma refugiada em Portugal, de nome Davidson, começou a fabricar em casa um bolo que conhecia do seu país natal, a Alemanha, e que ela vendia a outros refugiados, e depois a quem mais quisesse provar.

Era um frito de massa de farinha doce, redondo como uma bola, polvilhado de açúcar, no interior do qual se injetava um doce, normalmente vermelho. Na Alemanha, o bolo era chamado Berliner Pfannkuchen (bolo berlinense de frigideira), ou simplesmente Berlinner Ballen.
Essas foram as primeiras “Bolas de Berlim”, que mais tarde seriam vendidas também nas pastelarias com algumas adaptações - cortadas horizontalmente e recheadas com o chamado “creme pasteleiro”.
Esta história foi contada pela historiadora Irene Flunser Pimentel, no seu livro “Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial”.

sábado, 10 de junho de 2017

Fungos das unhas - tratamento caseiro, eficaz e barato

Designada por “onicomicose”, a infecção das unhas é causada por fungos que, quase sempre, se desenvolve a partir de uma outra infecção fúngica dos pés, o conhecido "pé de atleta" - as unhas ficam com a cor alterada (ou muito escura ou  amarelada), espessas e/ou quebradiças. Em fases mais avançadas da infecção pode provocar dor ou acabar mesmo por descolar completamente a unha. É uma infecção que ataca muito mais as unhas dos pés e é rara em crianças.


Existem vários produtos à venda em farmácias e ervanárias para o tratamento das infecções das unhas, todos bastante caros e cuja eficácia (cura total da infecção fúngica) é sempre relativamente demorada.

Ora, há formas muito baratas e eficazes de, num período equivalente ou mesmo até menor (mas nunca inferior a um mês) se conseguir acabar de vez com este problema.


Para além de uma higiene em condições, bastará aplicar/esfregar durante alguns minutos um algodão embebido em vinagre, preferencialmente de maçã (Sidra) não só na unha infectada mas em todas, bem como entre os dedos dos pés (é também eficaz para eliminar o pé de atleta e os maus cheiros), todas as manhãs e todas as noites, preferencialmente após o banho. De cinco em cinco dias aplique um algodão embebido em água oxigenada da mesma forma (nestes dias não aplique o vinagre). Ao fim de 10 dias começará a notar os efeitos e, em princípio, após um a dois meses estará livre do problema.

Tenha em atenção que nunca deverá deixar de consultar o seu médico no caso de situações mais graves/avançadas/complicadas.